Essa não é uma lista dos meus filmes de romance preferidos, nem dos melhores filmes de romance, ou um top 10. Essa lista é sobre filmes que FALAM de amor, que mostra o amor de diversas maneiras, e que o discute. São filmes bem elaborados, com bons diálogos e plot bem elaborado.
Eu adoro algumas representações de amor no cinema, e aqui estão algumas delas. E essa lista pode mudar sempre, porque há sempre um filme que eu não vi ou um filme que eu esqueci.
O que eu peço é que você deixe a sua indicação de filmes que também demonstram o amor de uma forma diferente. Não padronizada.
Dirigido pelo incrível Frank Capra, o filme conta a história de uma moça rica,Elie (Claudette Colbert), que sai de casa ao se rebelar contra seu pai. No caminho ela encontra Peter (Clark Gable) um charmoso jornalista que a ajuda mas não sem a irritar constantemente.
Uma deliciosa comédia romântica dos anos 30, antes de tudo ser um grande clichê. Claudette Colbert está sensacional, vivendo uma mulher forte e que não se deixa levar pelo desejo dos homens e Clarke Gable mostra seu charme interminável. Venceu as 5 indicações ao Oscar que recebeu: Melhor Filmes, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhore Atriz e Melhor Roteiro Original.
Harry e Sally é uma daquelas comédias românticas para serem apreciadas em uma tarde de domingo. E um filme que facilmente poderia ter sido dirigido por Woody Allen pelo seu cenário e seu incrível roteiro. Porém, não deixando de ser incrível, a mente por trás desse roteiro que eu amo de paixão é Nora Ephron (diretora de Julie & Julia e Mensagem Para Fazer).
O filme conta como depois de dois encontros separados por 5 anos cada, Harry e Sally se tornam melhores amigos. No primeiro encontro, recém-graduados na faculdade, Sally dá uma carona á Harry até Chicago porém acabam se discordando em todos os assuntos que discutem. 5 anos depois, eles se encontram em um mesmo voo para Nova York, ambos compromissados e ainda nem um pouco capazes de se gostarem, porém, anos depois com seus relacionamentos destruídos, eles juntam os pedaços um do outro se tornando amigos inseparáveis.
Protagonizado por Billy Cristal e Meg Ryan não tem porque esperar menos desse filme. Risadas garantidas, com um humor inteligente o filme discorre sobre relacionamentos de todos os tipos, sem filtro algum. Uma sacada muito bacana e diferente é que entre pedaços do filme é mostrado ao espectador historias reais de casais que ficaram juntos de maneiras inesperadas.
OBS: A cena do restaurante aconteceu em um restaurante real, o Katz’s Deli em Nova York, e até hoje existe uma placa na mesa em que o casal filmou a cena. Fica a dica!
Edith (Vera Farmiga) e George (Andy Garcia) estão ambos, levando seus respectivos filhos para uma excursão à faculdade de Middleton. Conrad (Spencer Lofranco) é filho de George e não pretende ir à faculdade, porém seu pai, um ex-estudante de Middleton, insiste para que ele tente e afirma que este amará a vida na faculdade. Audrey (Taissa Farmiga), filha de Edith, por outro lado PRECISA estudar em Middleton para poder ter aulas com um professor que admira imensamente.
Essas duas duplas não se conhecem, mas estão na mesma excursão. Edith e George saem do grupo e começam a conversar e se conhecer e decidem conhecer a Middleton de verdade, fora dos olhos de visitantes. Audrey e Conrad começam a conversar mas não se dão tão bem assim, ainda sim se unem para encontrar seus pais.
Ao fim do dia haverá amor.
Vera Farmiga é uma deusa, sempre com papeis de mulheres fortes, com respostas na ponta da língua. E nesse filme ela se une a sua IRMÃ (sim, isso mesmo) para mostrar que talento está no sangue.
Uma trilogia incrível conta a história de um casal que se encontra em um trem para Viena e passam um dia na cidade esperando pelo próximo trem. Eles conversam para passar o tempo e aos poucos se apaixonam, mas eles só têm essa noite, então o que fazer?
A vida, cheia de surpresas dá a eles mais uma chance e eles se reencontram em Paris. Anos depois, mais maduros e com outra visão de mundo. Mas novamente existe um deadline, Jesse tem só até um determinado horário para poder voltar aos USA e para sua família.
Em todos os filmes o casal discute a vida como ela é no momento em que a vivem, questionando todas as decisões e convivendo com elas. É um filme sobre escolhas e sobre amor, sobre escolher um amor, sobre amar o que se escolhe. Lindos diálogos que fixaram na sua vida, e que você vai querer escrever na sua parede para levar como lema. Uma linda trilogia como nenhum filme romântico antes visto.
5.Sentidos do Amor (Perfect Sense)
E se o mundo acabasse porque aos poucos os humanos perdessem seus sentidos? Nesse filme apocalíptico e romântico as histórias de Susan (Eva Green) e Michael (Ewan McGregor), duas pessoas que renunciaram o amor, se cruzam. Mas como lidar com essa “doença”? O amor vai sobreviver?
Um filme delicado, que mexeu bastante comigo. Uma lindeza. Me fez refletir sobre a própria sobrevivência. Ao perder alguns sentidos, como o paladar e o olfato a população continua frequentando restaurante e vivendo a vida normalmente, se adaptando. É um filme que te abre os olhos para seus próprios sentidos.
Enoch (Henry Hopper) atende funerais como diversão. Em um deles ele conhece Annabel (Mia Wasikowska), com quem inicia uma amizade que rapidamente vira um romance. Porém a menina guarda um segredo que pode acabar com a chance deles ficarem juntos.
Os personagens desse filme não vão ter medo de viver, de enfrentar problemas com certa naturalidade, sem desespero, o que acaba dando um tom diferente a esse filme. Um tom de calma que desespera o espectador.
Um filme lindo, que pode parecer um tanto clichê de primeira, mas que vai te deixar em lágrimas, e se não te emocionar bastante. Passa uma mensagem incrível.
Eu adoro histórias não convencionais de amor. Apesar desse titulo em português esse é um filme SOBRE o amor, que é exatamente isso que quis demonstrar aqui. Não é só um filme sobre garoto encontra garota, mas um filme que discute a própria noção de amor, até onde ela vai e o que pode ser confundido com o amor.
Jesse (Josh Radnor de How I Met Your Mother) está nos seus 30 anos e tem duvidas de como sua vida será nos próximos anos. Ao receber um convite de um professor de sua antiga universidade para uma comemoração de aposentadoria, Jesse relembra seus dias como estudante, ao retornar à universidade.
Nesse cenário ele conhece Zibby (Elizabeth Olsen, a irmã Olsen que sabe atuar) uma estudante de Liberal Arts (nos Estados Unidos seria uma área de Humanas mais ligadas às Letras, Artes, História, Filosofia…) que desperta diferentes sentimentos e experiências que ele nunca havia experimentado, além de mostra-lo que a vida vale a pena.
Em meios a muitas conversas sobre livros, sobre arte, sobre vida, os personagens me encantaram pela simplicidade, pela humanidade.
Com Rachel McAdams não tem como errar. Ela foi e sempre será uma fofa, linda, rainha dos filmes de Romance – sem tirar, obviamente, o mérito dela em todos os filmes em que ela atuou. Acontece que ela passa essa cara de girl next door como ninguém. Ela é gente da gente, e você acredita que tudo aquilo pode estar acontecendo com você (inclusive pegar o Ryan Gosling, quem não quer?)
Além dela temos Domhnall Gleeson que está EM TODAS. O cara fez filme à beça e quando você reconhece a cara dele não para de vê-lo em todos os filmes (Só desse Oscar ele estava em quatro!).
Domhnall Gleeson vive Tim, um ruivo, inglês, normal, de uma família normal, que não tem grandes aspirações, apenas viver a vida da forma que ela é e encontrar o amor da sua vida. Até que seu pai revela um segredo de família que passa de geração à geração: os homens da família podem viajar ao passado.
E tudo muda. Mas tudo que ele deseja é mesmo encontrar um grande amor, e construir uma família. Mas com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Algumas mudanças no passado mudam o futuro, e é ai que a confusão começa.
“É pra sentir” como diria uma sábia professora. Esse é um filme para sentir, não pra assistir como qualquer filme. É uma experiência não só visual, mas também sentimental. Esse filme mexeu bastante comigo e trata de um assunto que poucos filmes/histórias tratam: a relação entre um casal idoso e como eles lidam com os problemas da velhice e a própria morte.
Com a escassez de relações de longa duração e da disseminação de romances adolescente nós esquecemos o que é crescer junto de uma pessoa, construir uma vida, ficar velho e se deparar com a morte iminente. Eu mesma não sei – somos a geração dos filhos de pais separados.
O diretor Michael Haneke de forma delicada e magistral nos mostra a realidade desse casal sem “panos quentes”, ela mostra a realidade como ela é e acaba nos chocando um pouco, nos fazendo analisar aquelas pequenas coisas do dia a dia e pensar na nossa própria velhice e na velhice de pessoas próximas de nós.
É um filme simples, antes de tudo, mas não por isso menor.
Eu adoro um bom filme de amor francês e um bom triângulo amoroso. Nesse filme não convencional Marie (Monia Chokri) e Francis (Xavier Dolan) se apaixonam por Nicolas (Niels Schneider) e começam a fantasiar uma relação com esse cara. Porém Nicolas responde a investidas dos dois amigos, e logo essa relação complicada põe a relação dos dois amigos em risco.
Em meio ao filme, parecido com o que fazem em Harry & Sally, há trechos de pessoas falando de suas obsessões amorosas e romances mal sucedidos.
Um filme emocionante que discute até onde se vai por um amor platônico ou não.
MENÇÕES HONROSAS:
depijamanosofa.wordpress.com 